Os Laboratórios foram encontros periódicos que aconteciam duas vezes por semana com dos dois grupos diferentes, dentro da igreja da comunidade de Caetanos de Cima. Por haver uma tradição de contação e invenção de histórias na região, a primeira linguagem a ser trabalhada foi a literatura, através da poesia rimada e da contação de mentiras. Foi apresentado o filme “Só Dez por Cento é Mentira”, de Pedro Cezar, mostrando aspectos da vida do poeta Manuel de Barros. Depois, cada participante dos laboratórios produziu versos e histórias. Apartir daí as propostas tomaram rumos diferentes em cada grupo, formando um Laboratório de Artes Visuais e um Laboratório de Teatro. A convivência e entre as diversas gerações possibilitou a construção de um ambiente rico em trocas simbólicas e perpetuação de valores e fazeres tradicionais e atuais.
O Laboratório de Artes Visuis recebeu um grupo de 18 participantes, com idades entre 4 e 63 anos. Nele foram realizados desenhos, pinturas individuais e coletivas, além intervenções em coqueiros e outros espaços coletivos. O Laboratório de Teatro recebeu um grupo de 16 participantes, com idades entre 11 e 71 anos. Nele foram realizados exercícios de expressão corporal, versos e textos teatrais inspirados em histórias de trancoso, tradicionais da região.
Os laboratórios foram concluídos com uma uma exposição e uma apresentação teatral, no dia 21 de maio, dia da Coroação de Maria, evento tradicional da região.